
Subi ao topo de nossas memórias,
pés descalços, olhos apertados, tentando enxergar na distância
o que estava próximo e ausente.
Conquistei o cume do que restou de tua presença,
as mãos firmes,
plagiando a rigidez da pedra.
Antecipei palavras.
Memorizei versos, antes de escrevê-los.
Julguei teu gesto
antes que a luz do movimento se acendesse.
No escuro eu já te enxergava.
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